Lucas Henrique A. Costa

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Esteatonecrose e Necrofanerose

Esteatonecrose:

Necrose do tecido adiposo, mais comum na pele (hipoderme), mama, retroperitônio. Lesões traumáticas, isquêmicas ou químicas podem levar à ruptura de células adiposas. O exemplo mais observado é na Pancreatite Aguda. A ação de lipases pancreáticas libera ácidos graxos dos triglicerídeos e estes reagem com íons Ca++ dos líquidos intersticiais formando sabões insolúveis de cálcio, que têm aspecto semelhante à cera de vela. Os próprios ácidos graxos livres e as enzimas pancreáticas são lesivos às células vizinhas intactas, favorecendo a disseminação da necrose.

Necrofanerose:

Aparecimento das características morfológicas da necrose no tecido (ou seja, picnose nuclear, eosinofilia do citoplasma). Notar que necrose é o evento fisiológico da parada de funcionamento da célula como máquina organizada. Outra coisa são as modificações estruturais da célula, tecido ou órgão observáveis com métodos morfológicos (observação direta, microscópio óptico ou eletrônico). O tempo para necrofanerose varia com o tipo de tecido, temperatura, circunstâncias metabólicas e o método de observação empregado. P. ex., ao microscópio óptico, o tempo para necrofanerose é tipicamente de 6 horas. Com o microscópio eletrônico, alterações irreversíveis (ruptura da membrana celular, degeneração das mitocôndrias), são demonstráveis já minutos após a necrose.

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