A hipoxia fetal é um pesadelo para mães prestes a dar à luz: o bebê fica sem o suprimento necessário de oxigênio, exigindo uma cesárea imediata. O maior agravante desta situação é que a hipoxia fetal é difícil de ser diagnosticada. Na dúvida, os médicos sempre optam pela retirada imediata do bebê. Como resultado, o número de cesáreas desnecessárias é muito grande.
Agora, médicos da Universidade de Warwick, Inglaterra, criaram um novo biosensor que poderá finalmente dar aos médicos uma ferramenta adequada para o diagnóstico da hipoxia fetal, evitando cirurgias desnecessárias, mas sem colocar o bebê e sua mãe em risco.
Os testes atuais para detecção do problema exigem que amostras de sangue sejam levadas a um laboratório para que os exames sejam feitos. Quase nunca os médicos podem se dar ao luxo de esperar tanto.
O novo biosensor mede o teor de hipoxantina, o principal indicador de que o feto está sem oxigênio, de forma imediata, no próprio consultório médico. Qualquer quantidade acima de 5 micromoles por litro de sangue significa que o bebê está sob sério risco de hipoxia. Valores menores do que este tranqüilizam o médico e a futura mamãe, que poderá esperar pelo parto natural.
Segundo o Dr. Nick Dale, criador do novo teste, o biosensor funciona por meio de uma reação enzimática, gerando um sinal que é proporcional à quantidade de hipoxantina presente no sangue.
Os pesquisadores estão negociando uma parceria com fabricantes privados, para que o novo equipamento seja fabricado em escala e de forma padronizada, para que os testes clínicos possam começar, o que é necessário para que o novo biosensor chegue ao mercado.
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